De qual comunicação estamos falando?
De qual comunicação estamos falando?
Which communication are we talking about?
Isabella Coelho
Universidade Católica de Brasília
Campus I - QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras, 71966-700, Taguatinga, DF, Brasil. bellacoelho@live.com HOHLFELDT, Antonio.; MARTINO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga. (orgs.), Teorias da Comunicação. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
De qual comunicação estamos falando? O saber comunicacional vai além do senso comum. Como campo de estudo, assume papel de importância para os pesquisadores. A comunicação que estamos falando é a iniciada no século XIX, na sociedade complexa. Segundo Luiz C. Martino, é pelo exercício da comunicação que se desenvolve o ensino e confronto de idéia. É a base das relações humanas e das possibilidades de ações sociais. Para compreendê-la é preciso unir as Ciências Humanas, a Filosofia e o senso comum. Não se restringe a idéia básica que temos: o diálogo. Muitas vezes, não se limita a duas pessoas, como a comunicação de massa. Pode ser feita de forma visual ou verbal e também sem o envolvimento de pessoas, como animais e aparelhos técnicos.
O autor apresenta o questionamento entre os dois termos conhecidos como comunicação. Utiliza como artifícios de construção de argumentação o contexto histórico e a etimologia da palavra de forma a explicar o fenômeno de troca de informações. O termo vem do latim “communicatio”, atividade realizada conjuntamente. A decomposição “comum+ação”, “ação em comum”, faz alusão ao processo de compartilhamento de um mesmo objeto de consciência. Como o exemplo do livro na estante. Para que haja comunicação é preciso interação entre o leitor e o objeto; a mensagem é o que existe em comum entre os dois agentes. A informação pode ser vista como comunicação em potencial, podendo se transformar ou apenas continuar como possibilidade. Não há comunicação sem informação e não há informação que não tenha como objetivo a comunicação. Ela é transferível e sofre influências,