das Ideias Sociológicas: Das Origens a Max Weber

RESUMO

LALLEMENT, Michel. História das Ideias Sociológicas: Das Origens a Max Weber; Tradução de Ephrain F. Alves. 4ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

Para Weber se distingue de muitos pioneiros das ciências sociais (Comte, Marx...) pela sua constante recusa a integrar os fenômenos sociais no quadro de filosofias teleológicas ou deterministas. A característica própria dessas filosoifias é encarar a história universal, ou como o desdobramento de uma lógica própria ou como simples resultante de um elemento determinante (economia e religião por exemplo, lógica determinista ). Refutando isto Max Weber, em sua obra "A objetividade do conhecimento na ciência política e na ciência social“ diz que, não cabe à ciência filosofar, mas compreender o real, o empírico. Já a Ciência e a política são vocações distintas e devem estar desvinculadas, pois a ciência não deve oferecer ideais e normas, mas compreender a ação humana, por isso a sociologia de Weber é dita compreensivista. Para decodificar o mundo social, importa compreender também a ação dos seres humanos do ponto de vista do sentido e dos valores, e não simplesmente a partir apenas das causas e pressões exteriores. O mundo social não se acha submetido as leis do determinismo. Ou seja, a sociedade não pode ser vista como um bloco, mas como uma teia de interações que se desenvolve por meio dos valores subjetivados por cada indivíduo, e compartilhado coletivamente.
Weber denomina a situação de classe como oportunidade típica que os indivíduos possuem de lidar com seus bens e serviços como resultado do grau das modalidades de utilização segundo o indivíduo pode dispor ou não dispor de bens a fim de obter renda. Para ele “classe” é todo grupo humano que se encontra em uma situação de classe. Assim sendo, a definição por classe temos:
a) Classe de posse: É aquela em que a situação de classe é essencialmente determinada por diferenças em matéria de posse;
b) Classe de produção: