Da independência ao 2º Reinado Brasileiro

O Café: Após a independência em 1822, o Brasil se tornou dono de suas próprias escolhas, e continuou com a economia agrária, mercantil, escravista e nacional e sofreu um atraso econômico enquanto vários países já haviam se industrializado. Herdamos do período colônial uma crise econômica decorrente da decadência dos ciclos anteriores (mineração e açúcar), que persistiu até 1830. Essa crise trouxe uma consequência fundamental para a formação do estado nacional brasileiro. Em uma economia que gerava pouco lucro, o Estado não tinha como tributar --> Estado com pouca capacidade de tributação é um Estado fraco. Nesse período, não existia nenhum produto que dava dinamismo à economia porque o ciclo do ouro e o ciclo do açúcar acabaram. Precisávamos encontrar um produto para exportação em que fosse possível produzi-lo na terra, porque herdamos da colônia a escravidão e grande propriedade. Foi em 1830, que surgiu a idéia de plantar o café, por causa do clima e solo favoráveis, alta dos preços, industrialização na Europa, (ali os operários precisam de café por terem uma longa jornada de trabalho) e desorganização do Haiti que parou de produzir café para a França por causa da revolta escravista de independência. Desta forma o café foi decisivo para a manutenção da economia nacional que estava em crise. O desenvolvimento da produção de café se concentrou no norte da capital do país, o RJ, pois nas proximidades dessa região, existia muita mão de obra por conta da decadência da economia mineira (mineração). No começo, os preços estavam baixos mas mesmo assim a exportação continuou alta por causa da grande demanda na Europa que estava se industrializando. A economia cafeeira se baseava no trabalho escravo e era mais barata que a açucareira. Por conta da grande mão de obra escravista que seu desenvolvimento foi tão intenso. Os Estados Unidos eram o maior consumidor de café, tanto que em 1870, foram exportados mais de 60% do café brasileiro para lá. A economia do