Cupins

Introdução

Os cupins, organismos pertencentes à ordem isoptera, são conhecidos como térmitas, formigas brancas, siriris ou aleluias, existem em todo planeta, cerca de 2900 espécies, sendo que destas, 300 são encontradas aqui no Brasil. Esses insetos não são muito bem vistos pela humanidade, pois são conhecidos como pragas, mesmo sendo pouquíssimas as espécies que causam prejuízos ao homem. Os cupins têm como principal fonte alimentar a celulose, e devido a isso algumas espécies promovem diversos estragos a materiais de madeira. Sabe-se que os cupins se alimentam de materiais celulósicos e lignocelulósicos sob várias formas, como por exemplo, madeira viva ou morta (em diferentes estágios de decomposição), gramíneas, raízes, sementes, fezes de herbívoros, húmus, etc, porém a maioria das espécies não tem ou produzem enzimas celulolíticas em quantidade suficiente para a realização da digestão, devido a isso é necessário ocorrer em seu trato digestivo associações com microrganismos simbiontes como protozoários e bactérias para a totalidade ou a maior parte da digestão. Alguns estudos, nos anos 80, têm mostrado que pode ocorrer ação de enzimas (celulases) produzidas pelos próprios cupins ou ainda uma combinação destas enzimas com ação de bactérias simbiontes. (ZORZENON, 1998) Os cupins tem sua organização social formada por três castas: a dos reprodutores, e as outras duas formadas por indivíduos estéreis: a dos operários e soldados. Os reprodutores são chamados de siriris ou aleluias, e são as únicas formas aladas, aparecendo periodicamente na colônia e que após a revoada serão os futuros reis e rainhas. A casta dos soldados é a responsável pela defesa da colônia, devido a isso eles possuem uma cabeça mais resistente, mandíbulas robustas e secretam substâncias químicas contra o inimigo. Já a casta dos operários é a responsável por todos os trabalhos da colônia, são os mais numerosos da sociedade e são eles que atacam a madeira. (LEONARDO, 2000)