Cultura organizacional

CULTURA ORGANIZACIONAL

Empresa: Tradição Viações Urbanas S/A
Ramo de atividade: Viação intermunicipal

A Tradição Viações Urbanas S/A é uma transportadora familiar de pequeno porte que realiza viagens intermunicipais para diversas cidades da Região Sudeste brasileira. Durante muito tempo a organização foi gerenciada e centralizada pelo antigo chefe de Departamento Pessoal Rodrigo Silveira. Formado em Contabilidade e com uma visão organizacional vertical e hierárquica, todas as decisões da empresa cabiam a ele e o mesmo não aceitava a opinião, sugestão ou auxílio dos demais colaboradores, considerando apenas as suas próprias ideias e opiniões. O mesmo possuía pleno poder de decisões porque era amigo da família sócia-proprietária da organização, ou seja, o mesmo possuía “carta branca” para agir com plena liberdade dentro da empresa. Como não havia a participação dos funcionários nas decisões organizacionais, a transportadora não tinha um programa de remuneração e benefícios, política de atração e retenção de talentos, avaliações de desempenho e programas de desenvolvimento. Em conseqüência disto, os colaboradores estavam totalmente desmotivados e o índice de rotatividade da empresa era extremamente alto. Os colaboradores eram constantemente vigiados, não possuíam nenhuma credibilidade e eram avaliados através de indicadores numéricos e créditos. Para Rodrigo Silveira, há de um lado os bons funcionários, aqueles que não tem registros em sua pasta individual. E de outro lado, os maus funcionários, não pontuais e não assíduos com várias anotações de suas transgressões ao contrato de trabalho. Cada um dos 700 colaboradores da companhia tinha uma pasta individual no Departamento Pessoal (DP) onde eram anotadas as faltas, atrasos, advertências e indicadores negativos. Quando o empregado não tinha nenhuma anotação, presumia-se que se tratava de um excelente funcionário, pois não havia nada que o desabonasse. A pasta