Criticas a Gilberto Freyre

992 palavras 4 páginas
Elogiado, denunciado, admirado, criticado, o livro Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, provocou e ainda provoca as mais diversas reações e interpretações. Visto como uma obra clássica e inovadora ou como um reflexo do pensamento da classe dominante, o livro, desde o seu lançamento, em 1933, até hoje, atrai a atenção de estudiosos.
Quase oitenta anos após sua publicação, Casa Grande & Senzala continua sendo, ao mesmo tempo, um livro fácil e um livro dificílimo: fácil pelo estilo leve e coloquial de Freyre, que o coloca ao alcance de qualquer leitor médio em busca do prazer da leitura; difícil, dificílimo, pois a própria oralidade da linguagem, e a tendência freyreana de pensar em termos de “antagonismos em equilíbrio”, tornam Casa Grande & Senzala uma obra repleta de ambiguidades que, a todo momento, traem e enganam um leitor acadêmico que tente “isolar” os pensamentos e opiniões de Freyre. Em Casa Grande & Senzala, muitas vezes a afirmação vem seguida da sua negação, e vice-versa, e assim sucessivamente, “fazendo com que a cada avaliação positiva possa se suceder uma crítica … que acaba por dar um caráter antinômico à sua argumentação.” (Benzaquen)
No momento do seu lançamento, diz Antonio Candido, é difícil de se avaliar a enormidade do impacto da obra: “sacudiu uma geração inteira, provocando nela um deslumbramento como deve ter havido poucos na história mental do Brasil.” Monteiro Lobato compara sua publicação à chegada do cometa Halley – que foi muito mais impressionante em 1910 do que em 1986, cabe dizer, ou não se entenderá a comparação. Freyre oferece uma versão totalmente nova da História do Brasil, varre do pensamento brasileiro a noção de racismo científico e interpreta positivamente tanto a contribuição negra quanto a mestiçagem.

Em geral, as resenhas da década de 1930 classificam a obra como um clássico e afirmam que se trata de um livro de grande sentimento nacional. Um crítico paulista, Plínio Barreto, comenta até que a casa grande não

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