Crise financeira de 2008

Fundamentos da Economia

Crise Financeira de 2008

Vitor Queiroz Pereira – 09062804

Após a crise das empresas “pontocom”, em 2001, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) passou a reduzir sua taxa de juros, a fim de baratear empréstimos e financiamentos encorajando os consumidores e empresas a voltarem a gastar. Com a compra aquecida de imóveis, os preços destes começaram a subir e os imóveis viraram fonte de investimento, ou seja, os americanos pediam dinheiro emprestado aos bancos dando como garantia de pagamento as suas próprias casas. Usavam este dinheiro para consumir mais e mais e, inclusive, comprar mais de uma casa.
Grandes empresas hipotecárias começaram a emprestar dinheiro para uma classe de mau-pagadores e mesmo de inadimplentes, a chamada “subprime”. Neste caso, os juros pelo risco é maior, o que garante maiores lucros para a empresa que empresta o dinheiro. Mas o Fed precisou aumentar os juros e o consumo diminuiu e começaram a comprar menos imóveis, o que fez o preço dos mesmos começar a cair. Logo, aqueles títulos hipotecários começaram a perder valor. Surgiu, ainda, a inadimplência devido a um crescimento menor da economia, maior desemprego e custo de vida. As pessoas começaram a deixar de pagar as hipotecas. Com o cenário de possível inadimplência, os bancos não queriam mais emprestar dinheiro entre si, pois um não sabia se o outro estava lastreado sobre o pagamento daquelas hipotecas que não seriam pagas, ou seja, podres. Com isso, o valor dos títulos lastreados em hipotecas despencou e o juro no empréstimo interbancário aumentou. É a chamada “crise de confiança”, ou seja, com medo de que o banco tomador do empréstimo não possa pagar, os bancos param de emprestar dinheiro entre si.
Acontece que as pessoas e empresas precisam retirar dinheiro do banco e os próprios bancos precisam financiar ou rolar dívidas deles próprios, contraídas em operações cotidianas. Então os bancos, muitas vezes, sem ter dinheiro próprio suficiente, precisam de