crise em portugal

A Crise em Portugal
Muito se tem falado e escrito sobre a crise económica que os países da EU e fora da
Europa atravessam. No que concerne à EU, os países mais mediáticos são, entre outros a
Grécia e Portugal, devido ao défice excessivo. Recentemente, o alvo foi Portugal na pessoa de
Simon Johnson, economista e ex-chefe do FMI, que proferiu a seguinte declaração:
“ Portugal, tal como a Grécia, corre risco de falência económica e é hoje um país mais arriscado que a Argentina de 2000.” (Diário Económico)
Esta afirmação, levou-me a escolher como tema para este trabalho “A Crise em
Portugal”.

Quadro: Dívida Pública

Em primeiro lugar, para que se verifique falência económica, esta deverá ser precedida de crise financeira, ou seja, incumprimento perante os credores. Portugal não foi atingido, por essa crise, à semelhança da Irlanda, e outros países. Assim, não faz sentido falar-se em falência económica. Em segundo lugar, comparar Portugal à Grécia, é um disparate, embora sejam dois países da Zona Euro os dados estatísticos demonstram diferenças significativas a vários níveis.
A dívida pública grega (PIB) cresceu sempre entre 2000 (108,92%) e 2010 (147,84%), sendo bastante superior à portuguesa (52,10 % em 2000 e 87,96% em 2010). A Grécia acumulou um défice fiscal em 2009 de 13,6%, muito acima do que impõe o tratado de Maastricht (PIB = 3%), enquanto o défice português em 2010, atingiu apenas 8,6% (INE).
É evidente que os países da zona euro são afectados pelo impacto da crise grega sobre a moeda europeia. Teme-se, que os problemas da Grécia nos mercados internacionais provoquem um efeito dominó, derrubando outros países da zona euro, com economias mais debilitadas, mas todos eles (inclusive Portugal) já enfrentaram os desafios para reequilibrar as suas contas.
Portugal, reiniciou o reequilíbrio das suas contas, aquando do accionamento do socorro financeiro concretizado em 17 de Maio de 2011 no “Memorando de entendimento sobre as