Criatividade e Dependência na Civilização Industrial - Celso Furtado

1689 palavras 7 páginas
CRIATIVIDADE E DEPENDÊNCIA NA CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL (1978)

A obra “Criatividade e Dependência na Civilização Industrial” (1978) de Celso Furtado exprime com muita clareza características do autor que já haviam sido mostradas em obras anteriores e que agora se apresentam com todo vigor e maturidade em uma obra atípica no ramo das ciências sociais e principalmente na Economia. A preocupação histórica, que havia sido característica chave para a compreensão do “Formação Ecônomica do Brasil” (?) reaparece nessa obra como marca do autor, que é novamente acusado por muitos de fazer poucas referências, poucas bibliografias, poucas citações, como se o livro tivesse sido escrito tendo em base somente suas crenças e ideias, sem uma preocupação com um método histórico pré-existente. O próprio Furtado, admite que “Criatividade e Dependência na Civilização Industrial” é um “antilivro-acadêmico” (FURTADO, 1978, p. 13), afirmando que “os problemas aí abordados são demasiado amplos para caber nos tubos de ensaio das ciências sociais” (FURTADO, 1978, p. 13). Assim como em sua obra sobre o Nordeste, Furtado coloca a preocupação com o problema a ser tratado acima de qualquer norma científica, ou da necessidade de um método de estudo e apresentação das hipóteses. Essa é, então, uma característica-símbolo do autor, que não busca se encaixar nos “tubos de ensaio das ciências sociais”(p.13), buscando uma visão inter-disciplinar e global, onde as abstrações e as variáveis quatificáveis não valem. A capacidade lógico-dedutiva de Furtado para construir modelos históricos esmiuçando as suas potencialidades e limitações em termos de acumulação e de dinamização do fluxo de renda em cada período havia marcado a obra “Formação Econômica do Brasil”, mas também estaria presente, ainda que com adaptações, na descrição de Furtado sobre a formação da Civilização Industrial. Nessa descrição, o autor apresenta uma visão histórica e estrutural do capitalismo industrial, afirmando que “a

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