Crash

O filme é complexo e pesado, quase impossível resumr em um trabalho, onde posso fazer aqui uma reflexão sobre o seu conteúdo. Vivemos em uma época em que as pessoas estão mais afastadas das outras ao mesmo tempo em que compõe uma estrutura harmonizada. Essa individualização da solidão quanto a forma de viver e ao mesmo tempo clamando por uma união social é o caos em que submetem nossas mentes todos os dias nos jogos do dia a dia. Ficamos tão abismados em nossas próprias dúvidas que achamos que não pertencermos a um local maior degenerando pouco a pouco todas as estruturas sociais que construímos durante séculos de `histrória` humana. Sem no entanto propor ou se colocar a favor de renová-las. Destruir um modo de vida e não tomar outro como base é como vejo a crise que passamos atualmente. Considerando que o tempo é sempre o presente e quem cria a noção de historicidade dele é o ser humano podemos tomar uma conclusão de que quem conta o tempo são os que contam a história. Sabemos por conhecimento acumulado que os que contam a história são as elites que costumam deter os meios para garantir sua versão dela. Estamos no tempo em que a história está sendo desmoldada e mesmo crendo que futuramente alguém vá pegar todo esse excesso de informação e construir um fiasco de fatos determinantes em nossa história, então será somente isso, uma construção. Tão artificial quanto a vida que vivemos. Estamos vagando por aí a esmo. Sem contudo notar que todos nós nos encontraremos um dia ou através de intermédio de outros. E essa rede de encontros que é inevitável não pode ser evitada. É como conviver pacificamente com tantas ilusões e desejos. Somos nós mesmos ao vivermos nossas vidas e ignoramos a dos outros? Somos nós mesmos que vivermos para os outros e ignoramos nossa própria vida? Estaríamos sendo pouco conclusivos se vivemos nossas próprias vidas tentando atinar para a vida do outro? Não temos mais um projeto de vida. Somos esses seres que ficam vagando pelas cidades, e