Crack Internacional

É importante ressaltar, também, o consumo do crack em outros países. No continente Europeu, por exemplo, o consumo da droga entre a população em geral parece ser baixo: segundo os dados encontrados, a prevalência do seu consumo ao longo da vida era de 0,5% em Espanha e 0,8% no Reino Unido1. Por outro lado, assim como no Brasil, o consumo do crack por grupos marginalizados e socialmente excluídos causa espanto em algumas cidades européias. Assim, num grupo-alvo de 94 profissionais do sexo, em Amesterdã, a estimativa do consumo da droga em questão ao longo da vida era extremamente elevada, atingindo índices de 91%2.
Destaca-se, então, um estudo europeu sobre o consumo de cocaína (cocaína em pó e crack) que pôde, por sua vez, identificar uma conexão entre o consumo de crack e problemas sociais e de saúde mental, embora mencione-se, também, que o consumo da droga não é, por si só, suficiente para explicar tais problemas3
Nesse contexto, estabelecem-se duas formas de combate à droga, não necessariamente dissociadas entre si: o tratamento da dependência, e uma abordagem prática que envolve a redução de danos. Em relação ao tratamento da dependência, considera-se a combinação da abordagem de reforço da comunidade envolvida - isto é, a família, amigos, e demais elementos que circundam o viciado - com uma gestão de contingência, podendo, assim, controlar o consumo da droga a curto prazo. O papel da comunidade, nesse caso, é de suma importância para a readaptação do indivíduo na sociedade, de forma a melhorar a imagem que os viciados têm de si próprios e poderem estes, assim, estar sujeitos a novas oportunidades de trabalho e atividades de lazer que os afastem do vício.4
Em relação a abordagem prática que envolve a redução de danos, destaca-se que esse método é destinado a um número relativamente pequeno de cidades europeias onde o crack causa problemas, de fato, significativos. No caso da abordagem prática no que concerne o vício de profissionais do sexo, por exemplo,