CR NICA DE UMA PARCERIA TETRA CAMPE 1

CRÔNICA DE UMA PARCERIA TETRA CAMPEÃ!
Aquele parecia ser um passeio com os amigos como outro qualquer. Apesar dos meus sentimentos já estarem aflorados, eu ainda conseguia conviver apenas como amiga do dito rapaz sorridente. Até aquele instante de chuva caindo, sem prejudicar o anoitecer lindo que surgia na Estação das Docas do Pará. Enquanto os demais seguiam com seus passos apressados, eu e o tal garoto do sorriso andávamos em modo slow motion, talvez por prever o que aconteceria. Um banco molhado pelos respingos da chuva foi o cúmplice, e talvez o cupido, da parceria que ali iria nascer. Foram minutos de conversas, piadas, risadas, gotas d’água e discussão sobre a luz de um navio ancorado a quilômetros de distância de nós. Até que os olhares tímidos deram lugar a olhares interessados e as mãos que lutavam para não se encostarem, se renderam. Foi ali, naquele banco, de frente para a Baia do Guajará, que eu tive certeza: eu te amava e era correspondida. Não houve beijo ou declaração, só olhares de certeza. Naquele momento pensei: “Desafio aceito. Não desistirei de você.”. Então ele deu o sorriso mais lindo que tinha e minha sensação foi parecida com a de um jogador de futebol que acaba de marcar o gol do desempate numa final de campeonato.
Tempos depois começamos a namorar. A data não dá pra esquecer: 15 de janeiro de 2011. Éramos um casal improvável. A chata e o legal. O atleta e a sedentária. O calmo e a esquentada. Olhando para nós qualquer um imaginaria que o relacionamento não daria certo. Mas as coisas do coração não obedecem ao senso comum, não seguem uma lógica pré-definida. Certo?
Nos últimos quatro anos ele esteve comigo enquanto eu enfrentava os desafios da vida de universitária, me acompanhou enquanto chorava fazendo os artigos, lendo livros melosos, assistindo minhas séries favoritas e enquanto lutava por um lugar no mercado de trabalho. Eu estive com ele durante as provas do ensino médio, acompanhei seus dilemas no trabalho, as alegrias e durezas