Costa do Marfim

COSTA DO MARFIM

FRANCO DA ROCHA
2014

Desde a sua independência até o fim de 1993, a Costa do Marfim foi dirigida por um presidente: Felix Houphoeut Boign. Apesar de ter baseado a sua política num sistema de partido único, ele conseguiu proporcionar ao país uma estabilidade política e econômica durante mais de três décadas. Foi ele que fez a Costa do Marfim o grande exemplo de desenvolvimento econômico e político na África Ocidental. Sob a liderança desse presidente o país era visto como uma exceção. O presidente Felix, por sua cultura e diálogo era considerado como o “sábio da África”. Em 1990, diante da pressão popular, o Presidente Felix inicia o processo democrático com a legalização dos partidos da oposição. O seu falecimento, em 1993, enfraquece a coesão nacional. É nessa condição que Henry Konan Bedié, presidente da Assembleia Nacional, toma o poder como estipulava a constituição, em caso do falecimento do presidente. Em 1995, ele organiza as eleições em que a oposição não participa. E 25 de dezembro de 1999, a Costa do Marfim sofre seu primeiro golpe de Estado, o presidente Bedié é deposto por uma junta militar, que era liderada pelo general Guei. Em 2000, o governo do general organiza as eleições em que alguns partidos importantes não participaram sendo eles: PDCI (do Bedié) e o RDR (de Alassane Ouattara). As eleições aconteceram com a vitória de Gbagbo Laurent do FPI. O general Guei tenta mudar os resultados mas é deposto mediante um levante popular. Gbagbo assume a presidência da República, mas essa vitória não acaba com a tensão política já que alguns partidos como o RDR contestam a legitimidade do novo poder. A tensão política dá lugar a uma tentativa de golpe em 2003, que se transforma em uma rebelião armada, que provoca a divisão do país entre o norte e sul. Sob liderança da França e da ONU, um governo de transição chefiado por um primeiro ministro de consenso é formado com todos os partidos políticos, inclusive os