Coronelismo

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O coronelismo se caracteriza como uma manifestação do poder privado que, desde a sua origem colonial vem perpassando todo o regime político até os nossos dias.
É a partir das estruturas agrárias que compreendemos o coronelismo como um sistema de coerção política baseado na relação de dependência do eleitorado rural para com os senhores de terras. Essa estrutura de aliciamento de votos é reforçada pelo poder público, que ao passo que se estrutura e consolida, também contribui para com o fortalecimento do privativismo.
Essa estrutura de poder paralelo ao estatal se personifica na figura do fazendeiro e seus aliados também donos de terras, médicos e advogados dependentes desses já que eram os únicos a quem interessavam os seus serviços e que podiam pagar por eles. O padre e o doutor, geralmente detentor de uma formação que não lhe fazia jus ao título também coadunavam-se a essa estrutura pelo poder de sua intelectualidade e em, especial, a persuasão moral exercida pela pessoa do religioso.
O absenteísmo desses chefes é explicado pelo sucesso na carreira política que os enleva a cargos estaduais ou federais, ou mesmo o êxito da profissão motivando sua ida para as capitais o que porém não extingue o seu poderio local, conservado através de agentes que efetivam a sua continuidade, representantes subalternos ao coronel ausente.
O coronel é o comandante político cujo poder mais eminente é o da discricionariedade, em suas mãos resumem –se muitos organismos e entidades, tais como, os de jurisdição e arbitramento e polícia.
Aos olhos da massa de sobreviventes que o circunda ele é sempre um homem de posses, julgamento nem sempre coerente, mas justificável já que pode se classificar por riqueza o acesso a água encanada e energia elétrica por exemplo.
Voto de cabresto, segundo o autor, é o produto de uma organização econômica rural que articula a dependência do trabalhador rural com as representações em torno da figura do coronel. O vínculo entre o miserável trabalhador e

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