Coronelismo no Brasil

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O desenvolvimento do processo representativo no Brasil exigia alinhamento e equilíbrio entre o poder legítimo (regime presidencialista) e as oligarquias dos estados. A organização política era extremamente descentralizada, e a união, desprovida de meios para firmar-se sobre os demais componentes da nação. Para tanto, o coronelismo nasce da necessidade de o Estado construir alianças com os setores que controlavam as “periferias” da nação.
Remanescente da ordem privada construída ainda no Brasil Colônia, o “coronel” (título legitimado pelo Estado) controlava os votos nas localidades em que “comandavam”. Tal controle era indispensável para o arranjo do poder, posto que os votos garantidos pelos “coronéis” em troca de apoio às oligarquias eram indispensáveis para a legitimação do poder.
O coronelismo pode ser colocado como resultado da adoção de um regime democrático numa ordem patrimonial, explicando, assim, sua construção dialética dentro da sociedade brasileira – onde é, ao mesmo tempo, construído e desconstruído.
O coronelismo mostra-se um poder ultrapassado, decadente perante a ordem democrática, representativa, carente de meios próprios para continuar como protagonista do exercício do poder local, porém, a dinâmica eleitoral existente na republica lhe garantia recursos provenientes dos estados para garantir o exercício de seu poder local. O coronelismo garantia para o Estado a mobilização eleitoral necessária para a legitimação do poder. A falta de alcance regional do poder federal e estadual tornava necessário o papel do “coronel” como responsável por garantir aos municípios os bens e serviços às populações de pequenas e isoladas comunidades. A subordinação do poder aos coronéis mostrou-se necessária para a legitimação da república.
Com a chegada da nova república, o rápido processo de industrialização do país fez com que houvesse uma massiva migração do campo para as áreas urbanas, e a resposta do sistema político a esse fenômeno foi o populismo. A partir

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