Coro Geral

CANTO CORAL
Ao abrir a cortina, a plateia atenta respira a emoção de um quadro de cores e sons. Um grande elenco é protagonista de um momento de emoção e suspensão do tempo real. Um momento em que o tempo para.
Em cena a mágica da voz humana, a mágica do canto coletivo que desde sempre encanta e seduz o homem.
No ar, uma canção:
ALGUÉM CANTANDO LONGE DAQUI
ALGUÉM CANTANDO LONGE, LONGE
ALGUÉM CANTANDO MUITO
ALGUÉM CANTANDO BEM
ALGUÉM CANTANDO É BOM DE SE OUVIR
ALGUÉM CANTANDO ALGUMA CANÇÃO
A VOZ DE ALGUÉM NESSA IMENSIDÃO
A VOZ DE ALGUÉM QUE CANTA
A VOZ DE UM CERTO ALGUÉM
QUE CANTA COMO QUE PRA NINGUÉM
A VOZ DE ALGUÉM QUANDO VEM DO CORAÇÃO
DE QUEM MANTÉM TODA A PUREZA
DA NATUREZA
ONDE NÃO HÁ PECADO NEM PERDÃO
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PEQUENO HISTÓRICO DO CANTO CORAL
Nenhuma hipótese até hoje levantada diz com exatidão o momento em que os homens da pré-história começaram a fazer arte com os sons. Ao que parece, o homem das cavernas dava a sua música um sentido religioso. Considerava-a um presente dos deuses e lhe atribuía poderes mágicos. Associada a dança, ela assumia um caráter ritual, pelo qual as tribos reverenciavam o desconhecido, agradecendo-lhe a abundância da caça, a fertilidade da terra e dos homens.
Os sons da natureza deviam fascinar o homem desses tempos, dando-lhe vontade de imitar o sopro do vento, o ruído das águas ou o canto dos pássaros. Mas para isso, o ritmo não era suficiente e o artesanato ainda não permitia a invenção de instrumentos melódicos, de modo que estranhos sons tirados da garganta devem ter constituído uma forma rudimentar de canto que, junto com o ritmo, resultou na mistura de palmas e roncos, pulos e uivos, batidas e berros. Do ponto de vista histórico, esse tipo de “música vocal” teve uma importância enorme. Já no drama grego da Antiguidade um coro masculino desempenhava papel essencial. Nos tempos bíblicos os coros eram usados no culto judaico. A tradição coral ocidental começa com o cristianismo antigo, em que os