CORINEBACTERIOSES

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CORINEBACTERIOSES

1. Morfologia

São bactérias Gram positivas, não ácido-resistentes, não formam esporos, tem 1,5 a 5 µm de comprimento e 0,5 a 5 µm de diâmetro. São pleomórficas, apresentando formas em V, em L ou em paliçada. São anaeróbios facultativos, crescendo em meios como o de agar sangue e agar cérebro coração. Suas colônias são diminutas, branco acinzentadas após 24-48 horas de incubação a 37ºC.
Principais corinebactérias: Corynebacterium renale – Pielonefrite bovina; C. diphteriae – Difteria; Rhodococcus equi – Rodocose; Archanobacterium pyogenes – Piobacilose; Archanobacterium pseudotuberculosis – Linfadenite caseosa. Estes microrganismos são taxonomicamente relacionados com os gêneros Mycobacterium e Nocardia. Há semelhanças na composição de suas paredes e possuem reações cruzadas entre si. O peptidioglican destes três gêneros tem ácido meso-αE-diaminopimélico e as açúcares que estão em maiores quantidades em suas paredes celuluares são arabinose e galactose. Os microrganismos deste gênero possuem seus ácidos micólicos semelhantes aos ácidos micólicos do gênero Mycobacterium, somente diferenciando-se por seu menor número de carbonos.

PIOBACILOSE

1. Conceito

É uma enfermidade infecto-contagiosa, piogênica, endêmica, com tendência à cronicidade, afetando principalmente ruminantes e suínos, causada por Arcanobacterium (ex Actinomyces e Corynebacterium) pyogenes.

2. Epidemiologia

Apesar de os ovinos e caprinos serem afetados pela piobacilose, ela é mais freqüente em bovinos e suínos. Não há diferença de incidência entre sexos, mas é mais freqüente em animais jovens. A doença ocorre praticamente em todas as regiões do globo e em todas as estações, não tendo vetores especiais e nem transmissores. O reservatório do agente são os próprios animais afetados e a fonte de infecção pode estar representada por piso, água, alimentos e ar contaminados. A morbidade é muito variável numa região, porque a enfermidade assume caráter de endemia somente em

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