Contágio emocional

Muito se tem pesquisado sobre o processo de compartilhamento de idéias entre pessoas nas organizações, mas este foco é largamente estudado na questão cognitiva, ou seja, como as pessoas são influenciadas pela cognição e comportamento de outras. Essa perspectiva de fato contribui para a compressão da dinâmica entre os grupos, mas não trata a questão do compartilhamento de emoções no grupo. Com o avanço dos estudos nesse campo, evidenciou-se que as emoções no grupo produzem efeitos nas atitudes dos indivíduos e na dinâmica das equipes (Barsade e al. 2000).
Existem diferenças significativas entre contágio cognitivo e emocional. Enquanto o primeiro tem na palavra uma ferramenta fundamental para a compreensão das idéias e não necessita ocorrer vis- a - vis, o segundo faz uso dos sinais não verbais para compreensão das emoções e necessita de contato interpessoal direto pra sua transmissão. Além disso, o primeiro caracteriza-se por ser um processo consciente enquanto o segundo baseia-se, mais freqüentemente, em um processo automático e em respostas fisiológicas.
Pesquisadores começaram a investigar a questão do contágio emocional em estudos de campo, examinando a convergência de humor em grupos de trabalho. Embora esses estudos forneçam excelente validade externa da ocorrência do compartilhamento de emoções em equipes de trabalho que pode ser reconhecido e mensurado, é difícil determinar causalidade uma vez que são mostrados apenas humores convergentes. Torna-se então necessário fazer um teste causal de contágio emocional, a identificação de como o processo opera em grupos e as conseqüências desse contágio na dinâmica de grupo, tais como cooperação e conflito, como também nas atitudes individuais, cognição e comportamento.

Para Barsade o contágio emocional é uma influência social onde uma pessoa ou grupo influencia estados emocionais e atitudes comportamentais de outra pessoa ou grupo através de indução consciente ou inconsciente, no qual varia o conteúdo do