CONTRADIÇÕES ORTOGRÁFICAS

CONTRADIÇÕES ORTOGRÁFICAS: Por uma ortografia libertadora.
Se há algo que recuso, é lecionar ortografia. É contradição do começo ao fim. Na verdade, é constrangedor do começo ao fim. Não temos língua própria. Herdamos do grego, do latim, do europeu, do índio, do tupi, do árabe e muitas outras. Será por isso que a Gramática Ortográfica é esta confusão toda?
O ensino da gramática nas escolas tornou-se alvo de discussões, apresenta falhas, e isto vem deixando professores e alunos perdidos. Segundo Mário Perini, os professores conhecem suas falhas, mas na maioria das vezes não sabem como lidar com as mesmas, e pior: tenta se justificar diante do aluno, usando termos culturais arraigados como: “não; nossa língua é a mais linda do mundo”. E não estou falando somente do Novo Acordo Ortográfico de 2009 não. Mas antes e depois dele.
Enquanto a crítica da Gramática Tradicional vai ganhando espaço nos cursos de letras, sente-se agudamente as falta de alternativas viáveis: se a Ortográfica Tradicional é inadequada, o que colocar em seu lugar? E o curioso, é que problema não se localiza nas vogais; somente nas consoantes.
Já na segunda letra do alfabeto, aparece a primeira contradição: a letra “B” sem o “E” tem a fonética BE. E a mesma letra B com o “E” também tem a fonética BE. A palavra casa se grafa com S certo? Mas tem fonética de Z. Então porque, qual a razão de não grafarmos diretamente com Z? O “H” é outra letra estúpida. Para escrever “haver”; “Haste”; Hospital etc.., tem que começar com o maldito H. Outro absurdo é o CH substituir o X. Vejam: a grafia da palavra cachorro é CH, mas a fonética é nítida do X. Então, qual o problema se escrevermos caxoro com X? Pensa que acabou? Vejam que absurdo: como pode a letra “Ç” constar em nossa língua, mas não constar em nosso alfabeto? E o mesmo acontece com o CH. Usamos com frequência, mas não consta do alfabeto. Quer outro absurdo? Vejam: a palavra cachaça tem três sílabas. Na primeira, a fonética é “K”, mas