Contexto histórico - quincas berro d'água

Contexto histórico A morte e a morte de Quincas Berro D’água Jorge Amado apresenta a Bahia e, por extensão, o Brasil com sua paisagem típica, personagens bizarras, rituais de origem africana e uma visão folclórica muito grande. Sua obra tem um forte conteúdo político, enfatizando a denúncia das injustiças sociais. O psicológico da obra leva a uma divisão maniqueísta do mundo. De um lado, heróis (marginais, vagabundos, prostitutas, etc.). E do outro estão os vilões (a burguesia urbana). O autor o faz uma profissão de fé espírita, ao mesmo tempo em que lança profundas indagações sobre o sentido da vida. O livro é baseado no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, e mais tarde foi desprezado pelo autor, pois era um registro de sua vida que ele preferia esquecer. A denúncia social é a temática central do livro e há referências óbvias entre a vida pura e recatada do funcionário público, Joaquim, que representa o lado burguês, e em contrapartida, Quincas Berro D’água, em contato com prostitutas, jogadores, malandros e marginais, que denotam o lado esquerdo; o negativo. Ao retratar Quincas, já socialmente morto, o autor representa sua morte como a liberdade que por muito tempo foi abafada pela família que queria o homem público exemplar. É no contato com os marinheiros e tantos outros personagens marginalizados socialmente que ele se sentia liberto e feliz, já que entre seus amigos rompem-se as estruturas hierárquicas. Tem-se também, a crítica às roupas utilizadas por ele no caixão, bastante sofisticadas para o nível social de seus amigos e que estariam fadadas aos vermes. Jorge Amado também demonstra a hipocrisia familiar através da passagem em que tia Marocas arrotou à mesa, o que contradiz os valores da boa educação e por essa razão não poderia criticar o defunto, pois, que diferença faz o arroto de tia Marocas da embriaguez de Quincas? Diante desse panorama de hipocrisia, o “morto” desdenha todos os padrões sociais, a avareza e o preconceito. O riso em