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A independência da América espanhola e Haiti
Ao longo do século XVIII, na América hispânica, houve rebeliões de protesto conta as normas impostas pela Espanha e suas colônias. A de Tupac Amaru foi uma delas. Esses movimentos não propunham a independência em relação à metrópole, e sim, pretendiam a reparação de injustiças, em partículas no setor econômico. Esses movimentos foram promovidos pelas elites coloniais de cada região. Fatores como a exploração das riquezas das colônias em benefício dos governos e comerciantes metropolitanos levou vários colonos ao conflito com as autoridades coloniais que impunham as determinações das metrópoles. “As raízes desses conflitos encontravam-se nas contradições do próprio sistema colonial. Ou seja, para continuar explorando as riquezas da colônia, o governo metropolitano precisava incentivar certo crescimento da economia colonial. Ao desenvolver a colônia, porém, os colonos acabavam adquirindo força socioeconômica para lutar contra a exploração da metrópole”. Outro fator que contribuiu com a crise foi o choque entre as características do colonialismo mercantilista e as práticas econômicas do capitalismo industrial, pois para os representantes do capitalismo industrial não eram interessantes a dominação política da metrópole sobre a colônia. Na lógica do capitalismo, eles queriam importar e exportar sem nenhum problema, sem restrições de entrada de produtos industrializados em qualquer país ou região, mas cada comerciante tinha que ter autorização da coroa e pagar taxas a ela para comprar seus produtos. Essas restrições eram desfavoráveis e os industriais europeus queriam vender diretamente aos mercados consumidores. “As mudanças provocadas pelo industrialismo moderno, aliadas ao pensamento liberado Iluminismo, também levaram a uma crítica à escravidão.” As indústrias queriam ampliar o mercado consumidor, mas os escravos, por não serem considerados “humanos”, e sim uma ferramenta de trabalho, não recebiam salário, não