Constituição do sujeito... enquanto analista

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Constituição do Sujeito... enquanto analista.

Quando se deu o início do ano de 2007 fiquei um tanto preocupada, pois havia escolhido o campo de clínica, mas a psicanálise veio junto, e até então, eu não gostava da matéria, porque psicanálise para mim se resumia em Falo, Castração e Édipo, além das aulas da Nancy. Para mostrar como não doeu tanto assim, venho por meio deste, mostrar como se deu meu processo de aprender a escutar. Manuela veio ao atendimento psicoterapêutico devido à queixa da mãe, Márcia, e recomendação médica. Na primeira entrevista contou que a filha é “perfeccionista” (SIC), traz que se surpreende com isso, e acredita que talvez ela mesma possa ter a influenciado por apreciar organização, diz também que pensou em fazer terapia por isso. Na segunda entrevista disse que certo dia estava arrumando a cama e a ponta do edredom ficou virada para cima, ao ver, Manuela passou a mão para arrumá-lo. Em outra ocasião, conta a mãe, que enquanto dormia após o almoço, Manuela lavou, secou e guardou as louças que estavam na pia da cozinha, outro exemplo ainda, citado por Márcia, é que Manuela recolhe os sapatos que estão jogados pela casa e os guarda em seu lugar.
A mãe queixa-se que a filha tinha sono agitado e rangia os dentes tão alto que era possível escutar no quarto ao lado. Quando questionada, a mãe traz que o bruxismo começou há dois anos, e foi constatado após as entrevistas, que coincide com a época em que seus pais estavam pensando em ter outro filho, e com a saída de Manuela do quarto do casal.
Márcia diz que Manuela queria muito um irmão, e pedia isso a eles, mas falava que queria um “irmão menino” (SIC). Nessa mesma época, seus pais montaram um quarto para ela, foi quando saiu do quarto deles. A transição parece que foi tranqüila. O casal procurou tomar todos os cuidados necessários para que ela não se sentisse “expulsa”(SIC). Os pais a levaram para escolherem juntos os móveis, e a decoração foi de acordo com os gostos da menina. Nas

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