conclus o

Rouanet no texto iluminismo ou barbárie conclui que não é a modernidade que está em crise, mas sim seu projeto civilizatório, e que por não haver nenhum projeto em vista, instaurou-se a barbárie na sociedade. Portanto, este defende a construção de um novo projeto civilizatório moderno baseado no resgate dos preceitos iluministas e no real significado da civilização. Para tanto o autor realiza um apanhado histórico abordando os conceitos de universalidade, individualismo e autonomia intelectual, política e econômica, que segundo ele são os pontos centrais para a construção do projeto, na Ilustração, no liberalismo e no socialismo.
Por fim o autor tece uma crítica aos antropólogos ingleses e aos missionários vitorianos rejeitando o etnocentrismo e tratando como fins os preceitos de respeito à dignidade e a liberdade dos seres humanos
A proposta realizada Rouanet, da retomada dos ideais iluministas visando o combate à barbárie que se instalou e se intensificou no mundo revela-se como uma epifania sugestiva, visto que os ideais e os conceitos estão em constante mutação e o homem vai se reinventado junto com a sociedade de acordo com as suas necessidades, o que torna o processo mais complexo diante da sociedade atual, estruturada em avanços científicos e novas tecnologias.
Portanto, a proposta de Rouanet de reconstrução dos ideários iluministas se faz extremamente encantadora diante dos olhos daqueles mais esperançosos, pois segundo o autor, esta pode ser repassada, com algumas ressalvas, às demais sociedades, ainda que estas não tenham vivido, na prática, o pós-modernismo, mas apenas sentido, indiretamente, seus efeitos devido a globalização, por estarem conectadas àquelas que viveram.
O Iluminismo fundado em ideias concretas e na perspectiva do indivíduo teve seu lugar na história, e assim, partindo da máxima de que as sociedades atuais são frutos das concepções passadas, é questionável se a retomada dos ideais iluministas, de fato acabariam com a barbárie.
O autor