CONAR

CONAR - Código de Auto-regulamentação Publicitária

A década de 70 começou conturbada para os publicitários, pois estava marcada pela ditadura. A censura criou empecilhos para a imprensa, o teatro, a música e também a propaganda. O então senador, José Lindoso do partido da Arena, do Amazonas, era um dos que defendia a censura da propaganda em todo o Brasil. Em 1978, foi aprovado o projeto de lei nº40-72, que impôs inúmeras restrições ao trabalho do profissional de propaganda. Essas limitações foram ainda maiores com outro projeto federal, do deputado do Espírito Santo, Gerson Camata, também da Arena, de 27 de outubro do mesmo ano, na qual definia que:

• “A propaganda por meio eletrônico não deveria exceder 15 minutos por hora
• A comunicação publicitária deveria ser feita em língua portuguesa, sem qualquer estrangeirismo.
• Seriam proibidas as mensagens subliminares.
• Idem as mentirosas, as obscenas, as repulsivas (?), as grosseiras (?), as discriminatórias de raça, credo ou condição social.
• Também as que contivessem jargões científicos ou comparações injuriosas de produtos ou serviços do concorrente.
• Aquelas realizadas com recursos técnicos, que pudessem levar o público a mal entendidos sobre o produto e seus benefícios.
• Estava proibida toda propaganda de produto farmacêutico ou de medicamentos.
• Era censurada a exibição de toda propaganda de cigarro e bebidas, antes da 21 horas e depois das 5 horas da manhã.
• Vetada toda a comunicação desses dois tipos de produto, que associassem o seu consumo ao sucesso na vida, à beleza, à masculinidade ou à feminilidade.
• Ou que pudesse induzir à sensação de prazer, alegria ou euforia como decorrência do uso de fumo e álcool.
• Estavam vedados os testemunhos de profissionais da área médica.
• Era restrito à análise o uso de crianças em comerciais, ou apelos e sugestões para que as crianças comprem ou influenciem seus pais para a compra de serviços e/ou produtos”.

Ambas as leis foram encaradas como uma afronta ao