Complicacoes de lipoaspiracao
Complicações em Lipoaspiração
Sérgio Luís Keinertn
1. Contornos Irregulares
GARGAN e COURTISS (1984) definem os contornos irregulares do pós-operatório como seqüelas indesejáveis da lipoaspiração, pouco menores do que uma complicação verdadeira.
Para NING CHANG (1994), os contornos irregulares pós-lipoaspiração são efeitos indesejáveis de superfície, incluindo depressões, ondulações, chanfros, excesso de pele e protuberâncias no contorno que podem distinguir-se visualmente e que não se misturam facilmente à superfície próxima.
A lipoaspiração por se constituir em uma técnica invasiva, representa uma agressão que provoca uma reação em cadeia em todo o sistema de defesa do corpo. O organismo entra em ação, enviando para o local agredido, células especializadas para combater a infecção, como leucócitos, linfócitos, macrófagos, entre outros. Vão para o local também as plaquetas, cuja função é vedar os locais que foram invadidos pela cânula. O organismo libera fibrina, que é uma proteína polimerizada insolúvel, que forma uma rede de fibras ao redor das plaquetas que se fixaram nas bordas do ferimento umas as outras. A rede envolve-se nas células sangüíneas e se contrai, expulsando o soro e deixando o coágulo mais ou menos sólido (nódulos). Desta forma, quanto maior a quantidade de gordura retirada, maior será a agressão e, conseqüentemente, maior será a reação do organismo. Neste caso, tem início um processo de cicatrização irregular, que tende a formar uma fibrose subcutânea, fazendo aderências que prendem a pele ao músculo. As depressões, ondulações e assimetrias, em alguns pacientes, ficam visíveis logo na primeira semana, em outros, após duas ou três semanas devido ao edema. À medida que este vai sendo eliminado, as irregularidades
da cicatrização começam a aparecer. Poucos são os casos de cicatrização irregular, e para estes podem ser empregadas técnicas corretivas que vão desde a correção