Compilado trabalho menor aprendiz
O rápido processo de industrialização afetou profundamente a estrutura da força de trabalho no Brasil. Entretanto, todas as formulações sobre o problema da absorção de mão-de-obra no desenvolvimento econômico brasileiro têm sido quantitativas, quando a questão é, em essência, qualitativa. Nesse sentido,é preciso estar atento às profundas transformações que se vêm verificando no perfil da mão-de-obra nacional. Branco (1979) critica energeticamente a aplicação dos conceitos de desemprego e subemprego ao problema da utilização da força de trabalho nos países em desenvolvimento. No seu entender, a teoria do subemprego é uma especulação sobre a superpopulação provocada pelo crescimento demográfico. O mesmo autor chama ainda a atenção para a distinção entre as duas interpretações de subutilização da força de trabalho: uma em termos de oferta de mão-de-obra imediatamente disponível; a outra a força de trabalho “reserva”. Esta define a oferta de uma quantidade de input de mão-de-obra superior ao que a demanda de trabalho e as oportunidades de trabalho autônomo podem absorver. A primeira compreende um potencial de mão-de-obra disponível e não utilizado e que pode ser imediatamente mobilizado para aumentar a utilização da força de trabalho. Em relação à “reserva” de mão-de-obra, Branco (1979) afirma que não existe, e não pode existir um excedente de mão-de-obra in abstracto, independente do período em consideração, de mudanças previstas e, particularmente, de políticas governamentais. Uma alteração no input da mão-de-obra deve ser tomada em termos dinâmicos e deve ser relacionada a um período de tempo definido. Além disso, não se deve esquecer que esse input, tanto no que diz respeito ao trabalho autônomo, como à oferta e demanda de trabalho assalariado, tem um componente qualitativo – eficiência da mão-de-obra – que deve ser considerada no processo dinâmico. Diante dessas exposições o problema da utilização dos recursos