Colóquio

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
AUTORIZAÇÃO: DECRETO Nº92937/86, DOU 18.07.86 – RECONHECIMENTO: PORTARIA Nº909/95, DOU 01.08.95
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO Dr. SALVADOR DA MATTA
IPIAÚ-BA
Bruna Oliveira Santos1

ARAÚJO, Inês Lacerda. Signo e referência. In: Do signo ao discurso: introdução à filosofia da linguagem. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. P. 28 a 37.

Signo e Referência2

Segundo Saussure, para constituir-se como ciência, a lingüística deve ocupar-se da langue (língua) e não da parole (palavra), pois a palavra representa um verdadeiro obstáculo epistemológico para o lingüista. O signo lingüístico é formado por duas faces: Significado e Significante. O significado pode ser entendido como o aspecto imaterial, conceitual que nos remete a determinada representação mental, já o significante é constituído pelo conjunto material do signo, ou seja, é o aspecto concreto, é sua imagem acústica. Ainda na visão de Saussure, ”O signo lingüístico não une uma coisa e uma palavra, ele une um conceito a uma imagem acústica”. A imagem acústica não é o som, mas a impressão do som no psiquismo, tanto que se pode falar consigo mesmo sem pronunciar som algum, esta, vem sempre associada a um conceito, a combinação de ambos é que chamamos de signo. Todo signo é arbitrário, ele aponta para o aspecto imotivado da relação entre o significado e o significante, ou seja, ele diz que na realidade não há um laço natural entre eles, não existe nenhuma relação necessária entre o som e o sentido
No corte entre fatos sincrônicos, que são atuais e efetivos (onde tudo ocorre ao mesmo tempo) e os fatos diacrônicos, que são históricos, temporais (segue uma linha), a língua pertence aos fatos sincrônicos, pois é um sistema de signos. Ao lado da linguística da língua, há a linguística da fala, subordinada à primeira, pois a fala é individual e acessória, não pode ser estudada sem a língua.
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