Coisas da Idade Sintese

2 - CRISES DA MEIIA IDADE

Devido a própria maturidade e experiências adquiridas são exercidas pressões internas no sentido de uma auto definição, uma reavaliação de seus desempenhos e capacidades. Estas pressões, somadas às externas, exigem mudanças difíceis e dolorosas, antes de poder causar alívio e revigorar as forças. É hora de falar, de ouvir, de perguntar. A dificuldade de “ser ouvidas” e se “fazer ouvir” pelos familiares é a queixa central, de dezenas de mulheres atendidas em grupos de orientação. O nó na garganta, a opressão no peito, os pesadelos revelam que existe a palavra presa, pronta a se pronunciar. Nesse momento é hora de balancear a sua autoimagem e o seu ideal, buscando realizar algo que dê um significado às suas vidas, embora não saibam exatamente o quê.
Tentando escapar da crise a mulher briga para preservar seu autoritarismo cujo humor se altera facilmente e ultrapassado ou começa a pedir aos filhos que decidam por ela, abrindo mão da responsabilidade em conduzir a própria vida, pois as perturbações emocionais dessa natureza, a identificação precoce com a velhice e a negação de si como mulher, obscurecem sua atenção e concentração. A mulher madura se afasta do caminho do amadurecimento e se perde na falta de espontaneidade da rede de papéis convencionais quando quer imprimir seu padrão a seus filhos ou corrigir o padrão de seus pais.
As diferentes fases na vida da mulher são passagens marcantes para o corpo e para o seu psicológico e sendo o climatério e a menopausa as mais temidas: o climatério é a fase em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários já a menopausa é a última menstruação da mulher. Sentimentos de perda e vazio interior, inquietude e nostalgia, associados a cólicas e náuseas, entre outros distúrbios físicos, sinalizam o luto por uma função que está prestes a cessar, a função ovariana, a capacidade de procriar.
Essas