Coagulação
O tratamento de efluentes industriais consiste em uma série de processos físicos, químicos e biológicos para eliminar os contaminantes presentes. O objetivo é produzir água limpa ou reutilizável e resíduos sólidos, também chamados de lodo, que podem ser usados como matéria-prima para outros processos. A escolha do sistema de tratamento vai depender da caracterização qualitativa e quantitativa do efluente a ser tratado; da análise técnico-econômica; da área disponível; da classe do corpo receptor; legislação, entre outros [1].
A coagulação é empregada para a remoção de material em suspensão ou coloidal. Os colóides são apresentados por partículas que tem uma faixa de tamanho de 1 nm (10-7) a 0,1 nm (10-8), e causam cor e turbidez. As partículas coloidais não sedimentam e não podem ser removidas por processos de tratamento físicos convencionais. . Os colóides possuem propriedades elétricas que criam uma força de repulsão que impede a aglomeração e a sedimentação. É comum referir-se aos sistemas coloidais como hidrófobos ou suspensóides quando repelem a água, e como hidrófilos ou emulsóides quando apresentam afinidade com a água (Di Bernardo, 2005) [2].
Existem diversos parâmetros (ph, temperatura, óleos e graxas, materiais sedimentáveis, materiais flutuantes, turbidez, metais pesados) que podem ser analisados para verificar a eficiência de um tratamento. No caso de efluentes oleosos se destacam o teor de óleos e graxas (TOG) e a demanda química de oxigênio (DQO). Quando os coagulantes são ministrados na dosagem ideal, as cargas negativas presentes na superfície das partículas, que antes impediam a agregação das mesmas, são minimizadas pelas cargas positivas presentes nas espécies hidrolisadas formadas [3].
Na escolha do coagulante deve-se levar em conta tanto as suas características quanto a qualidade da água bruta. Coagulantes fornecidos por empresas distintas podem proporcionar resultados diferentes no tratamento da água. Isso se