Ciência e senso comum – ernest nagel

Ciência e Senso Comum – Ernest Nagel
Muitas das ciências particulares existentes se desenvolveram a partir de necessidades práticas da vida quotidiana: geometria, mecânica, biologia e química são alguns exemplos. Existiram sim outros estímulos às ciências, porém a ciência que surgiu a partir das artes práticas tem um papel importante na investigação da cientifica. Assim, muitas vezes a ciência propõe que a ciência é apenas o senso comum organizado. O ideal é que haja mais do que uma simples classificação, pois somente a classificação pode não ter uma hipótese clara. É necessário que seja definido que tipo de classificação é característica das ciências.
Muitas vezes, nas atitudes do quotidiano as pessoas fazem algumas coisas sabendo que facilitarão suas vidas, como ouso de rodas nas carroças. Porém não sabem explicar o motivo dessa facilidade. Ou seja, não há uma explicação científica sobre o motivo de um determinado método ser melhor que outro. Essa é a principal distinção entre senso comum e ciência. As explicações do senso comum carecem de testes de relevância sobre os fatos. As ciências procuram descobrir e formular – em termos gerais – as condições sob as quais ocorrem acontecimentos de vários gêneros, sendo as proposições sobre essas condições determinantes e as explicações desse acontecimento.
O motivo de uma determinada sabedoria popular resistir por séculos em uma civilização e uma teoria científica durar muito menos tempo que isso, é devido a veiculação da informação. Enquanto uma teoria científica tem que ser específica ao máximo, um velho ditado pode ser vago e sem especificidade na linguagem comum. Um cientista não pode usar a generalização, e ele usa diversas distinções em seus trabalhos, juntamente com dados de observações e testes variados, o que aumenta o grau de refutação dos