A investigação científica e o senso comum
Maria Jussara Machado Barcellos Alvez Ferreira
Como apresentar a problemática da definição do método científico e das técnicas científicas em uma pesquisa? Ernest Nagel, em seu artigo Ciência, Natureza e Objetivos, publicado no livro Filosofia da Ciência, organizado por Sr. Morgenbesser, editora Cultura, 1980, busca resolver as questões de ordem metodológica que emergem, do fato de que formas costumeiras de analise mostram-se inadequadas ou imperfeitas ao evidenciar e interpretar as conclusões da investigação científica.
De acordo com Ernest Nagel, 1980, é possível abordar, superficialmente, os aspectos da ciência atual tidos por ele como sendo três: O primeiro assinala que a Ciência Aplicada tanto transformou quanto deu contornos a face da terra e a civilização ocidental contemporânea e para isso, a ciência investigativa contribuiu com seus feitos tecnológicos no controle prático da Natureza.
Segundo Nagel,1980, muitos pesquisadores procuram descrever a natureza da Ciência, decorrente da pesquisa fundamental, a auditórios de leigos, os quais, na maioria das vezes, cabem custear a maior parte dos gastos com as pesquisas científicas. Isto pode levar a sociedade a encarar erroneamente o cientista, levando à crença de que ele é capaz de dar resposta infalível para os questionamentos humanos.
No segundo aspecto, (Ernest Nagel, 1980) Nagel se refere à problemática das crenças baseadas no bom senso que em geral são, em geral, imprecisas, e, freqüentes vezes, aproximam coisas e processos que diferem de maneira essencial, não raro, são incoerentes de modo que a preferência por uma de duas crenças incompatíveis, como base para ação, é arbitrária; tendem a ser fragmentárias, em conseqüência do que as relações lógicas e substantivas entre enunciados independentes são, de hábito, ignorada.
Para o autor, toda a investigação científica parte de