cinemática

Tempos modernos

Caxias, investigador particular dos bons no auge dos seus 40 anos de idade e 20 anos de casado, já desvendou muitos casos nas redondezas, principalmente quando o assunto é “o mal da cornice”, como ele mesmo chamava. Sua esposa Amélia, a mais devota das mulheres, nunca o causou desconfiança. Do trabalho para casa, de casa para o trabalho. Esta vinha de uma família pequena: seus pais já aviam morrido e sua única irmã se mudou para capital antes mesmo de seu casamento com Caxias. Falando nisso, ele estava em um novo caso, dessa vez familiar. Sua irmã, a feia porém rica Rita, estava a cada dias mais desconfiada de seu marido 10 anos mais novo, porém pobre. Este saia todas as noites para estudar inglês em uma faculdade em que as aulas começaram no dia de sua lua de mel e até hoje não se concluiu.
Certo dia, Caxias começou a seguir o seu cunhado. Saiu de casa às 20h horas e o seguiu a até a faculdade. De fato, o mais novo, porém pobre e burro marido de Rita não tinha concluído ainda a faculdade. – Caso solucionado!, exclamou ele um pouco decepcionado com a resolução. Ele sempre fora contra esse casamento que julgava ser por interesse. No dia seguinte, relatou a irmã a investigação e disse que apesar dessa faculdade ser mais longe e longa que o necessário, era para lá que seu marido realmente ia todas as noites. Rita não se conformou. Por mais 30 dias, Caxias fazia o mesmo percurso que durava duas horas até a faculdade de seu cunhado. Sem maiores novidades, deixou o caso. Não disse a Rita, para continuar recebendo a quantia generosa em dinheiro. Também não disse a Amélia, para esta não contar a Rita. Afinal, as duas passavam o dia fofocando por telefone.
Ao trigésimo primeiro dia, saiu de casa no horário de sempre, com a intenção de manter as aparências para a sua mulher e foi para um bar a dois quarteirões de lá, De repente, uma surpresa! Viu seu cunhado indo em direção a sua casa.
Inúmeras coisas se