Cine Brasileiro

Cinema Brasileiro
Trajetória do Cinema no Brasil

Através dos textos discutidos em aula, é possível traçar um retrospecto do surgimento do cinema brasileiro, assim como as razões das dificuldades que essa arte enfrenta até hoje em nosso país, devido à presença estrangeira. Paulo Emílio, historiador, nos apresenta uma visão dura abordando o tema colonizador e colonizado e como a relação com nosso ocupante nos impediu de lutar contra as influências culturais estrangeira em prol de uma originalidade da cultura nacional.
Em “Cinema: Trajetória do Subdesenvolvimento”, o autor apresenta as dificuldades que o subdesenvolvimento traz à produção cultural nacional frente àqueles que nunca passaram por ele. Afirma ainda, que devido a suposta “semelhança” que nós, ocupados, possuímos aos ocupantes, não apresentamos dificuldades em absorver os produtos culturais estrangeiros. Ao contrário, os incorporamo-nos e os copiamos, mais precisamente, a elite, devido seu desejo de igualar-se às metrópoles.
A partir dessa introdução, será possível compreender outros aspectos do início do cinema brasileiro e seu desenrolar na história.

A chegada do cinema no Brasil ocorreu de forma diferente da América do Norte e a Europa, sendo um processo muito lento e que demorou anos até que o cinema se integrasse aos hábitos do país. O cinema brasileiro nasceu dia 19 de junho de 1898. Nesse dia, o paquete Brésil entrava na baia de Guanabara, e um dos passageiros, Alfonso Segreto, armou sua “máquina-de-tomada-de-vistas” no convés e filmou os navios ancorados na baia. O irmão de Alfonso, Pascoal Segreto, exibidor bem-sucedido e do dono do salão “Paris no Rio”, havia enviado o irmão à Europa comprar equipamentos e material virgem para tomar “vistas” no Brasil. Porém há indagações sobre a efetiva realização da filmagem.
Jean-Claude Bernardet, em seu livro “Historiografia Clássica do Cinema Brasileiro”, afirma que de acordo com documentação cinematográfica extraída de jornais, compreendemos que a