Ciclços e Seriações

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ARTIGO DE OPINIÃO: “CICLOS, SERIAÇÃO E AVALIAÇÃO” - LUIZ CARLOS DE FREITAS
Nesta obra, o autor nos faz refletir sobre alguns aspectos importantes que devem (ou deveriam!) ser analisados antes da implantação de mudanças no sistema público de ensino. Tais mudanças ocorrem geralmente de forma vertical, isto é, através de decretos ou resoluções sem que haja, efetivamente, um diálogo com os principais envolvidos no processo educativo: professores, pais e alunos.

Freitas, então, propõe uma análise das lógicas presentes na educação e que devem ser consideradas para mudanças na organização do sistema. Dentre essas lógicas, ele ressalta a lógica da escola e os aspectos pertinentes a ela. Um desses aspectos é a relação histórico-cultural que se estabeleceu por muito tempo: a dominação do aluno pelo professor. A obediência, o silêncio, a disciplina e a autoridade docente sempre foram exercidas de maneira a coibir qualquer comportamento subversivo, sempre mantendo a organização capitalista de exploração do homem pelo homem.

Um dos aspectos de manutenção dessa autoridade é a avaliação. O aluno ia para a escola para “tirar notas”, numa forma de ensino totalmente fragmentada e muito distante da vida social. Preparavam-se pessoas para terem “bons empregos” e os “bons patrões” eram formados pelas escolas da rede privada, como forma de manutenção da ordem social vigente.

A avaliação funcionava como forma de ameaça, a fim de punir aquele que fosse contra os princípios impostos pelo professor. Este por sua vez, formado neste contexto, também não refletia sobre sua prática. Esse panorama relaciona-se ao regime escolar seriado, isto é, ao final de cada ano letivo, o aluno que não tivesse desempenho considerado satisfatório, era reprovado e deveria, no ano seguinte, rever todo o conteúdo novamente.

Essa era uma prática excludente, uma vez que se agia como se esse educando não tivesse aprendido absolutamente nada, tendo de rever algo que ela já havia visto para, depois,

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