Ciclo De Vida Do Papel
O ciclo de vida do papel, no Brasil, inicia-se com plantio do eucalipto, que leva de seis a sete anos para atingir a idade de corte. Em menor proporção é também utilizado o pinus. Para produzir uma tonelada de papel são necessárias aproximadamente duas toneladas de eucalipto, que equivale a 20 árvores. Sua principal matéria-prima é a celulose, obtida a partir de fibras celulósicas, retiradas dos troncos dessas árvores. São usados também produtos inorgânicos para imprimir ou melhorar certas propriedades do papel.
Papel é fundamental ao nosso modo de vida. Por isso, não há como negar a importância dessa atividade econômica. Porém, como qualquer outra, se não for exercida com responsabilidade socioambiental, torna-se fator de degradação e destruição de ambientes naturais. Como qualquer outra monocultura, plantios florestais podem causar desmatamento e impactos sobre a biodiversidade; erosões; poluição hídrica por agrotóxicos, óleos e graxas (de caminhões e máquinas agrícolas) e carregamento de sedimentos (devido à aragem do solo, abertura de vias etc.). No entanto, como já existem muitas áreas desmatadas em todo o país e grande parte delas está abandonada ou subutilizada, não há necessidade de mais desmatamento para plantio de florestas.
Obtenção da Celulose
As toras, ao chegarem à fábrica, são descascadas, lavadas, picadas em pequenos pedaços (para facilitar difusão dos reagentes químicos) e direcionados à etapa de formação da polpa. O processo de polpação mais utilizado no Brasil é o Kraft, onde os cavacos de madeira são submetidos à reação com licor branco (hidróxido de sódio e sulfeto de sódio) dentro de um digestor. Ali, são mantidos a altas temperaturas e pressões, que dissolvem componentes da madeira que não interessam ao produto final, principalmente lignina - molécula orgânica associada à celulose. Durante esse processo, há formação de compostos voláteis de enxofre (mercaptanas) que liberam mau cheiro. Esses