Ceia brasileira

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E lá se vão alguns mil anos antes do nascimento de Cristo, quando o solstício de inverno era celebrado no final de dezembro, com festividades que duravam dias, onde todos comiam, bebiam e se felicitavam. Gregos cultuavam Dionísio, o rei do vinho, egípcios, Osíris, persas e babilônicos celebravam o Sacae, romanos festejavam Mitra, o deus da luz – e embora muito vaga, quem sabe dessas festas pagãs, venha a origem do nosso Natal.
Com forte influência européia, particularmente portuguesa, a ceia brasileira de Natal esta farta de estrangerismos, começando pelo peru. Consumido em comemorações astecas, por mãos espanholas chegou à Europa, foi consagrado na Inglaterra - substituiu o cisne como ave de natal na Inglaterra -, e foi trazido pra cá pela família real portuguesa, em 1808, juntamente com as receitas de bacalhau com castanhas e das rabanadas. O hábito de serví-lo no Natal é herança americana, inspirada no Dia de Ação de Graças, na cidade de Plymouth, Massachusets, quando serviu-se, pela primeira vez, em 1621, um peru selvagem como prato principal, criado por índios americanos. Foi popularizado em terras brasileiras, no século XX.
O tender surgiu na década de 50, por obra de um frigorífico de São Paulo, que importou pernis de porcos defumados, em cuja embalagem constava a expressão tender made (feito com carinho), logo rebatizada pelos paulistanos. Já o chester, um super frango, fruto de 12 anos de seleção artificial, tem linhagem escocesa. Surgiu em 1982, por obra e graça de uma disputa entre dois gigantes do mercado.
Frutas secas na ceia é hábito romano. Para eles, ameixas, passas, tâmaras, representavam prosperidade e fartura, além de afugentar a fome e a pobreza. Da Itália, também vem o panetone.
Essa é a ceia dos grandes centros urbanos. Fora daí, a tradição de comidas bem brasileiras resiste com muita galinha caipira, pernil, leitão a pururuca, biju e tapioca.

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