causa da morte humana

As explicações variam muito. As religiões fundamentadas na aliança de Abraão, ou seja, judaísmo, cristianismo e islamismo caracterizam a morte como a consequência da desobediência de Adão à vontade de Deus. Ignorando a proibição divina, ele comeu da fruta da Árvore da Ciência do Bem e do Mal e, por essa afronta, foi expulso do paraíso, onde a morte não existia, e se tornou mortal. Analisando o mito teologicamente, significa que a natureza do homem, que o leva a praticar más ações (o pecado), o afasta de Deus, fonte da vida, e por isso ele precisa usar a vida para resistir ao pecado, ganhando novamente o direito à vida eterna depois da morte.

As religiões reencarnacionistas (Budismo, Hinduísmo, Espiritismo, etc.) afirmam que a vida é um ciclo, que é utilizado pela alma para se aperfeiçoar - ou não, quando ela desperdiça a oportunidade. Assim, a morte é o momento de renovação, quando o espírito se liberta de uma fase para outra, onde vive novas experiências evolutivas (o hinduísmo acredita que também pode ser involutiva). Quando atinge o nível máximo de evolução, o espírito não precisa mais reencarnar, e portanto deixa de experimentar a morte.

As religiões animistas (africanas, xamânicas, etc.), vêem o ser humano como parte da natureza, onde tudo tem um ciclo: o dia e a noite, o ciclo da chuva, o ciclo reprodutivo, a cadeia alimentar, a vida e a morte. A morte é a geratriz da vida: o animal morto aduba a terra, a presa morta pelo predador o alimenta. Se ninguém morresse, como haveria alimento para todos? Por essa razão, a morte faz parte da vida.