CASO GABRIELLA ANDERSEN: A CRIAÇÃO DE UM MITO PELA MÍDIA

CASO GABRIELLA ANDERSEN: A CRIAÇÃO DE UM MITO PELA MÍDIA

Alexandre Bastos¹
Alex Lima¹
João Paulo Cândido¹
Fabrício Mangabeira¹
Paulo Bassan¹

RESUMO

De uma maneira diferente do ponto de vista do mostrado pela mídia e usado até hoje como exemplo de superação, pretende-se analisar o episódio da corredora Gabriella Andersen , que correu a primeira maratona feminina dos Jogos Olímpicos. Baseado no Livro “Sobre a Televisão”, escrito pelo sociólogo francês Pierre Boudieu (1930 – 2002), esse artigo retrata a influência da mídia para transformar um caso de saúde no esporte em um espetáculo televisivo.
Palavras chave: Gabrielle, maratona, Mídia, saúde.

ABSTRACT

From a different point of view shown by the media and used today as an example of overcoming, we intend to analyze the episode of runner Gabriella Andersen, who ran the first Olympic women's marathon. Based on the book "On the Television", written by the French sociologist Pierre Boudieu (1930 - 2002), this article shows the influence of the media to transform a health event in the sport on a TV show.
Keywords: Gabrielle, marathon, media, health.

¹ Alunos do Curso de Graduação em Educação Física – Licenciatura da Universidade Federal do Paraná
1. INTRODUÇÃO

No ano de 1984 eram realizados os Jogos Olímpicos de Verão. Oficialmente chamados de Jogos da XXIII Olimpíada, situado na cidade de Los Angeles, EUA. Foi nessa Olimpíada que aconteceu a estreia da Maratona Feminina¹, até então de exclusividade do universo masculino. Esse fato não merecia qualquer atenção especial, afinal, modalidades esportivas são incluídas e excluídas a toda edição dos Jogos Olímpicos.
Na cidade de Los Angeles, a umidade e a temperatura eram altas no momento da prova² e milhares de pessoas estavam atentas para a chegada da primeira maratona feminina dos Jogos Olímpicos. A Campeã da prova foi a norte-americana Joan Benoit³, mas quem sempre será lembrada nos noticiários é a suíça Gabrielle