casa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA Jailson Conceição Bastos Setembro de 2013

VEYNE, Paul. HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA 1 Do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. Segundo o autor, Os escravos no império romano eram tratados como um bem que se possui, eram considerados seres inferiores, cuja relação entre escravo e senhor é ao mesmo tempo desigual e inter-humana, no qual o patrão “amará” seu escravo, da mesma forma como se ama um cão.
Os escravos desempenhavam os mais diversos papéis na sociedade da época, seja na economia, na política ou na cultura, muitos deles eram muito mais ricos ou poderosos que a maioria dos homens livres. A escravidão não provinha apenas da etnia, mas principalmente do rebanho servil, do abandono de crianças e da venda de homens livres em condição de cativeiro. Os filhos de escravos eram propriedade do senhor, assim como a cria de seus rebanhos. A escravidão era algo incontestável, o escravo era um ser inferior por natureza, não importando quem seja ou o que faça; isso também vinha acompanhada de uma inferioridade jurídica. Diante da falta de perspectivas os escravos partilhavam os valores do senhor, admiravam-no, e os serviam zelosamente, aceitando de forma acomodada a situação a que lhes eram “obrigados” a ter.
Tertuliano por volta do ano 200 menciona outras medidas que visavam moralizar a condição dos escravos, se não a melhorá-la; o escravo passa a ser visto como um ser humano dotado de moralidade, ele agora pode casar-se e seus filhos podem ser batizados, surgindo assim o escravo munido de deveres para com a esposa, e também para com os filhos, embora tais filhos continuem sendo propriedade do seu senhor. Os senhores não podiam mais separar os escravos que compunham uma família, ou seja, não podiam vender o marido sem a mulher ou o filho; os escravos agora podiam ser sepultados em vez de jogar o corpo no lixo ou deixar que os companheiros de