Carta aberta

Carta aberta aos políticos do Brasil
Sabemos da dificuldade que é de refletir sobre o governo do País em pleno final de um ano e começo de outro, pois o que é comum seria desejar um "feliz ano novo", um "ótimo 2015", um "ano cheio de paz". Mas, após esses meus desejos já colocados e delineados em forma de carta, ouso em fazer considerações a Vossas Excelências, políticos da República Federativa do Brasil, já que é nessa época, próxima a Natal e final de ano, que muitas coisas acontecem e ficam camufladas pelas festividades, lembrando-se que nem só desse pão vive o homem, como muito bem esclarece o texto bíblico.

Primeiramente, cabe salientar que governar um país como o Brasil, de grande extensão territorial e muitas divergências entre as regiões, não é tarefa fácil. Inicio, assim, parabenizando os senhores pelas conquistas e pelos desafios enfrentados.

Entretanto, dentro desse país ambíguo, retratado com excelência pelo modernista Mário de Andrade na imagem de Macunaíma, "o herói sem nenhum caráter", muito ainda há de ser feito, sobretudo nos alicerces básicos educação-saúde-segurança.

Na educação, incansavelmente são reivindicados melhores salários aos professores, como também investimentos efetivos na estrutura escolar, como as bibliotecas e os livros didáticos. É triste ser estudante de escola pública e perceber que alguns professores não se atualizam ou não se dedicam o suficiente para exercer suas funções por causa de condições ínfimas de salários. É triste também observar que os materiais enviados pelos senhores algumas vezes não é utilizado e que muitas bibliotecas de escolas públicas são melhores do que de muitos colégios particulares, porém não ficam abertas aos alunos, pois é "perigoso que eles estraguem os livros e os computadores", no dizer de alguns que se dizem "educadores".

Na saúde, o SUS, infelizmente, não consegue suprir as necessidades da maioria, seja pela corrupção em torno dos medicamentos, seja devido à máfia de profissionais