Camiedsa das

504 palavras 3 páginas
dade econômica, que o fenômeno afigura-se irreversível – assim como a globalização
– e merece, portanto, maior reflexão e sensibilidade por parte dos órgãos incumbidos da fiscalização, com o devido respeito à letra da lei, na busca de soluções para cada caso. Além disto, que procurem contemplar mais os benefícios que o processo pode trazer, verbi gratia, a formalização das relações de trabalho e de emprego, retirando, destarte, milhares de trabalhadores da informalidade, com a segurança da co-responsabilidade civil do tomador dos serviços em caso de inadimplemento de obrigações por parte do empregador direto, do que eventuais embaraços encontrados nas entrelinhas de uma legislação que não acompanhou a evolução pela qual o planeta passou nos últimos 50 anos2.
2 – HISTÓRICO. CONCEITO
Segundo relata Márcio Pochmann3, a partir da segunda metade do século
XIX, com o avanço da Revolução Industrial e Tecnológica, a grande empresa capitalista estabeleceu as bases para a produção em larga escala nos setores econômicos emergentes, vindo a indústria do automóvel, a química, a siderúrgica, dentre outras, passando-se a investir nos países mais atrasados e fornecedores de matéria-prima à empresa-sede, cujos investimentos, segundo o pesquisador, chegaram a atingir 2/3 do total dirigido ao exterior, com importante impacto na organização do trabalho em nível local.
As primeiras experiências de criação de “empresas-espelho” da própria organização matriz, em outras nações, surgiram na década de 1850, com o fito de produzir insumos para a matriz, como os casos da Colt, na Inglaterra, em
1852; da Bayer, nos EUA, em 1865; da Singer, em Glasgow, em 1867.
Na França, segundo relato de Casey Harison4, um certo Martin Nadaud, migrante de Creuse, conta em suas memórias a tentativa de se transformar
2 Para uma análise mais aprofundada do enfoque dado pelos autores de outras áreas, ver especialmente
“A gestão de projetos como aprimoramento da terceirização”, de Amélia

Relacionados