Cafeína

Introdução
A cafeína é um composto orgânico da família dos alcaloides e pertence a uma classe chamada xantinas, mais especificamente, na classe metil-xantinas. Os alcaloides são aminas cíclicas que apresentam anéis heterocíclicos contendo nitrogênio. Além de ser um alcaloide, a cafeína é uma amida (substância que apresenta o nitrogênio ligado a um grupo carbonila). A figura a seguir é uma molécula de cafeína cuja nomenclatura oficial é 1,3,7-trimetil-3,7-dihi­dro-1H-purina-2,6-diona:

Devido a estrutura, a cafeína é pouco polar e, logo, pouco solúvel em água, porém solúvel em clorofórmio (CHCl3).
As principais fontes de obtenção da cafeína são a semente do café (Coffea arabica) e a folha de chá mate (Camellia sinensis) sendo que, no experimento, será extraído a cafeína do chá mate (Ilex paraguariensis).
No experimento será utilizado o carbonato de sódio (Na2CO3) com a finalidade de eliminar as impurezas do chá, principalmente taminos – polímeros fenol que sofre hidrólise com o carbonato de sódio tonrando-se solúvel em água e facilitando a separação das impurezas. O sal possui característica branco e translúcido sendo comumente usado na produção de vidro, sínteses químicas e em sabões e detergente. Sua estrutura é:

A técnica para caracterização da cafeína utilizada foi a cromatografia. A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações entre duas fases imiscíveis a fase móvel e a fase estacionária, ou seja, a identificação e separação-purificação das substâncias. A grande quantidade de combinações entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica extremamente versátil e de grande aplicação, usando propriedades como solubilidade, tamanho e massa.
Durante a passagem da fase móvel para a fase estacionária, os componentes da mistura são distribuídos pelas duas fases de tal forma que cada uma deles é seletivamente retido pela fase