Brasil e fmi nos anos 2000
Apesar de uma relação equilibrada com o FMI e o Banco Mundial até os anos 1970, depois da redemocratização, alcançada a partir de 1985, o Brasil iniciaria uma má relação com o FMI, que reuniu tentativas de renegociação dos juros da dívida externa e até de uma desastrada moratória aplicada no governo Sarney. A partir dos anos 1980, o Brasil se tornou dependente dos recursos oriundos do FMI que, a partir do governo Collor e Itamar, nos anos 1990, exigiria pacotes econômicos e maior controle da inflação por parte da economia brasileira para a concessão de novos empréstimos.
No decorrer dos anos, o Brasil permaneceu frágil perante o FMI, tendo que recorrer aos recursos de empréstimos externos para conter sua economia perante as crises do México e da Rússia ocorridas na segunda metade da década de 1990, principalmente, para manter o equilíbrio do Real, moeda lançada e mantida pelo então presidente, Fernando Henrique Cardoso.
A partir de 2003, na primeira gestão do Governo Lula, o Brasil iniciou uma nova forma de negociar sua dívida com o FMI. Na ocasião, a derrubada da exigência do FMI de um superávit primário de 4,25% do PIB por parte do Brasil, para 3% do PIB (similar ao da Argentina na época) ajudou a equipe econômica no então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para fortalecer o país contra ataques especulativos. Porém, a partir do governo Lula, a medida que o Brasil reunia condições para o pagamento de seus compromissos com o FMI, o governa não pegava novo empréstimos, como realizara o governo anterior.
O último contrato que o Brasil havia fechado com o FMI tinha sido assinado pelo ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, no qual o Brasil pegou