Brasil pós copa
Há sete anos a Fifa oficializou o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, dando então quase sete anos de prazo para que estádios fossem construídos e/ou reformados e cidades fossem adaptadas, a fim de receber o maior torneio esportivo do futebol. Porém, o que se viu foram anos perdidos com discussões tolas que só serviram para atrapalhar o andamento das obras, que por sinal, não eram poucas. Diante disso, viu-se uma correria e um “remenda daqui, costura dali” para maquiar cidades carentes de infraestrutura. Daí então surge a pergunta: E depois da copa, o que será do Brasil?
O Brasil é um país carente de infraestrutura básica, as quais todo ser humano tem direito, como: hospitais bem equipados e com pessoal preparado; escolas com estruturas com o mínimo de conforto e segurança; transporte público seguro e rápido; segurança pública para todos se sentirem protegidos, tendo seu direito de ir e vir respeitado. Será que uma copa ajudaria a melhorar esses problemas? Seria então a ajuda que o brasileiro esperava receber, mesmo que contra a vontade de nossos governantes?
A notícia de uma copa do mundo no Brasil animou a muitos, porém o que se viu foram gastos exorbitantes com estádios exuberantes. Contas superfaturadas, o que já está sendo investigado, e a falta de um mínimo de bom senso na escolha das cidades sedes. Algumas cidades que não têm um alto fluxo de turistas e grandes eventos esportivos receberam estádios de bilhões de reais, sem um planejamento estratégico de como utilizá-los após o evento de 30 dias. A meu ver, Cuiabá e Manaus não deveriam ter sido escolhidos como sedes. Cidade mais movimentada e com mais times de futebol, como Goiânia, não teve a mesma sorte.
Tomemos como exemplo a África do Sul. Alguns dos estádios que sediaram a copa de 2010 estão gerando custos milionários com manutenção, sem serem aproveitados para nada. Construídos em cidades pobres, que não recebem grande movimentação de turistas, esses estádios estão