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Relações com o entorno, porque foi construído
Projetado por Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi, o complexo ocupa quase totalmente uma quadra nas ruas Bandeira Paulista e Joaquim Floriano, de movimento intenso, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo.
Desde a década de 1960, o bairro vem sofrendo intenso processo de verticalização e adensamento, mas sem planejamento urbanístico ou obras de infra-estrutura que beneficiem os moradores desse bairro de uso misto.
Esses fatores, aliados à legislação urbana, que permite altos índices de ocupação e coeficientes de aproveitamento para a região, definiram o perfil do Brascan Century Plaza, verticalizado além do gabarito predominante no bairro, mas que, em contrapartida, reserva 7 mil metros quadrados de área para uma praça de acesso público.
Livre de muros ou gradis, a praça é dotada de lojas, restaurantes com mesas externas, livraria, espaços de convívio e bloco com seis salas de cinema - quatro delas já em funcionamento. “Essa foi uma opção arquitetônica, urbanística e também ideológica, mostrando que os espaços da iniciativa privada podem ser permeados pelo uso público”, defende Jorge Königsberger.
O grande diferencial do conjunto de 93 920 metros quadrados, que ocupa o lote onde antes funcionava uma fábrica de chocolates, está justamente nesse espaço arborizado, compartilhado por usuários do condomínio e moradores da região, e responsável pela articulação entre os blocos construídos.
Sob o ponto de vista urbanístico, a área externa tem a função de dar alguma centralidade a um bairro desprovido de referências, como igrejas ou praças públicas, explica o arquiteto.
O projeto paisagístico conduz os pedestres desde os acessos até o bloco dos cinemas. O jardim é entrecortado pelo espelho d´água que acompanha toda a extensão da praça, simulando um rio que acaba na forma de pequena cascata e marca o acesso da rua Bandeira Paulista.
Para evitar o