Boom Gomífero

A autora inicia seu texto nos mostrando com a sentença a tônica de sua abordagem : o caráter dúbio e patente de diversas análises , neste caso no tocante à História Social , dos meandros da modernização urbana , no contexto da Bélle Époque em Manaus durante o Boom Gomífero .
O processo migratório e o consequente aumento populacional da capital da província, e posteriormente, estado amazonense , configura-se como a antítese do que estava sendo proposto pela elite enriquecida com exploração e comercialização do látex da Hévea Brasilienses .O aumento populacional aliado à exclusão desse contingente no quinhão dos lucros auferidos por essa economia está diretamente ligado á penúria de grande parte da população e ao surgimento de problemas até então não enfrentados quando Manaus era uma cidade de pequeno porte , para a época e local .
E vem a ser justamente nesses problemas e na tentativa coercitiva das autoridades em os solucionarem, visando uma forçada adequação ao discurso modernizador galicista bellepoquiano , que Edinea Mascarenhas Dias centra a sua análise . Questões relacionadas a habitação , tratamento de doenças , prostituição , jogos , embriaguez , imigração , trabalho , segurança , mendicidade , comércio ambulante e relação entre o poder público e privado são abordadas .
No tocante ao tratamento de doenças , as principais medidas centravam no solucionamento visual do problema , afastando os doentes das vistas daqueles ditos sadios , purificando a aparência da cidade , principalmente no que diz respeito aos doentes mentais e leprosos.
No que diz respeito à habitação vemos o claro conflito entre as autoridades provinciais , na tentativa malfadada de impor um plano de habitação operária com o mínimo necessário de salubridade e a especulação imobiliária voraz dos donos de cortiços que , a preços abusivos , ofereciam quartos para numeroso contingente imigrante de trabalhadores destinados aos serviços na cidade .
No que diz respeito à prostituição ,