boi capricho
Há muita controvérsia sobre a história do Boi-Bumbá Caprichoso, uma vez que os bois folclóricos do Amazonas não eram associações legalmente registradas nem possuíam farta cobertura da imprensa até a criação do Festival. Tudo o que se sabe atualmente foi levantado por pesquisadores a partir de entrevistas a membros das duas entidades, além de consultas a outros registros da tradição oral parintinense.[1]
Some-se a isso o fato que a extrema rivalidade com o contrário faz com que ambas as entidades busquem se afirmar como a mais antiga, o que leva seus torcedores e integrantes a defenderem teses que sugerem datas de fundação mais remotas.[1]
A diretoria do Caprichoso afirma, baseada em algumas versões da tradição oral, que o boi foi fundado por João Roque, Félix e Raimundo Cid, em 20 de outubro de 1913.[1] [3] Os três fundadores seriam irmãos, nascidos em Crato, que se mudaram para Parintins devido ao Ciclo da Borracha. Ainda segundo esta versão, o boi recebeu esse nome devido à sugestão de um advogado, de nome José Furtado Belém, que conhecida um outro boi, de nome Caprichoso, que existia no bairro da Praça 14 de Janeiro, em Manaus, capital do estado.
Por outro lado, alguns moradores antigos da cidade afirmam que na verdade, o boi fundado em 1913 era o Boi Galante, citado em canções de Lindolfo Monteverde, fundador do contrário, como rival. O Galante teria sido criado por Emílio Vieira, o "Tracajá", que teria deixado o boi após uma briga com os irmãos Cid, na data que a diretoria do Caprichoso afirma ser a de sua fundação.
A professora e folclorista parintinense Odinéia Andrade afirma que o bumbá foi fundado em 1925 pelos irmãos Cid, que vindo do Ceará, passaram pelos estados do Maranhão e Pará, até chegarem à ilha, onde fizeram uma promessa a São João Batista para obterem prosperidade na novo município. Isso teria sido motivado pelas influências recebidas pelos Cid durante a trajetória até a ilha, quando puderam conhecer vários