Boca De Lixo

ESAMC CAMPINAS
Natália Miguel Seraphim
Curso: Relações internacionais
Período: Matutino

Documentário: Boca de Lixo (Eduardo Coutinho)

Campinas
2015
Boca de lixo
Um menino:
“Todo mundo tá trabalhando aqui dentro, ninguém tá roubando. Todo mundo tá aqui por que depende.”
Uma mulher:
“Muita gente trabalha aqui por que é relaxado, não tem coragem de pegar o ônibus e procurar um emprego, por que emprego tem”
Um menino:
“Pelo menos a gente trabalhando aqui, “tamo” mostrando que a gente é trabalhador e não “tamo” vagabundiando, nem “tamo” roubando de ninguém”.
Nirinha:
“Eu trabalho direto, quase não paro, mal paro para comer”.
“Minha mãe criou nós todo aqui, graças a Deus. Minha mãe tem dez filho, todos dez foi criado com a comida daqui, o dinheiro daqui... Desde os sete ano que eu trabalho no lixo”.
Lucia:
“A gente precisa daquela lixeira, porque tem uma comida de porco, a gente acha umas roupas boas, calçados bons... Às vezes o que não serve para o rico, serve para o pobre, e pra gente aquilo ali é útil”.
Cícera:
“A gente tem que se virar aqui mesmo, não tá roubando nem matando, né, tá trabalhando”.
“Eu nem ligo que saia em televisão, que saia em jornal... não to roubando”.
Enock:
“Todo lugar do Brasil eu vivi de lixo, de trabalho, de lavoura... O lixo faz parte da vida, o final do serviço. O final do serviço diz que é a a limpeza da casa, ir jogando fora o que se desprezou, o que se reciclou, o que findou ali. Mas ele continua ali e dali ele continua pra mais longe ainda…"
Jurema:
“A gente não cata essas coisas para comer, vocês colocam no jornal, aí quem vê, pensa que é para gente comer. Mas não é para gente comer. Isso não pode acontecer. Todo mundo aqui tem porco. Eu estou revoltada com isso! Com o cesto do pai dela cheio de legumes e eles filmando a gente! Quem vê isso lá fora, vai pensar: é aquilo que eles comem. É disso que eles vivem, mas não é”.
“Meus filhos são tudo criado com o dinheiro do lixo”.