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O assédio na empresa

Qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de outra pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho. Embora o assédio no trabalho seja tão antigo quanto o próprio trabalho segundo Heinz Leyman, pesquisador em psicologia do trabalho que atua na Suécia, fez um levantamento junto a diferentes grupos profissionais, e qualificou esse estudo de “psicoterror”. O trabalho, ao longo da vida em sociedade, é fundamental na relação do homem com a natureza. Coloca em movimento a vida humana, seus órgãos, aparelhos e seus sistemas, na busca de produtos, os quais o alimentarão, vestirão e permitirão sua reprodução e produção social. Tudo que impeça as pessoas de trabalhar será sempre assustador, pois é comum os trabalhadores se referirem ao seu trabalho como “tudo em sua vida”, mostrando sua dependência a respeito. Dessa forma, adoecer adquire para eles uma dimensão de sofrimento que vai além do biológico e não pode ter lugar no seu cotidiano. Aprendem muito cedo a calar o corpo enfermo, pois este impõe limites que interferem no trabalho, produzindo uma “dor” que enfraquece as capacidades e as potencialidades de atuar e de se relacionar – estado que os exclui da cidadania e favorece a submissão. Nas empresas, é comum afirmar-se que o/a trabalhador/ra doente “ faz corpo mole para trabalhar”, que “inventa doença”, que é “descuidado e por isso adoece ou sofre acidentes”, que é “preguiçoso”, parece “porcelana”, é “neurótico e mentiroso”. São afirmações que vão decompondo o modo de ser dos trabalhadores. Pesquisadores reconhecem a dificuldade para conceituar saúde e lembram que as “definições contemporâneas deixam bastante claro que ‘saúde não é um estado’, mas reflexo dinâmico da vida e da sociedade, tanto em nível em individual quanto