Beijamin e Burke
Em seu texto intitulado “Da Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos” Benjamin Constant discorre sobre as diferentes liberdades entre os povos antigos e os modernos. Constant, afirma que a liberdade que era conhecida na antiguidade não pode ser replicada e portanto os esforços feitos para garanti-la nunca funcionariam. Afinal, assim como o mundo, os cidadãos também estavam demasiadamente mudados e junto com eles suas vontades, desejos e prioridades.
Constant não era o único pensador da época que tinha suas ressalvas quanto à revolução francesa, Edmund Burke tinha também seus argumentos contrários. No entanto eles divergiam quando às suas críticas. Enquanto Constant acreditava que o problema principal foi uma incapacidade em reconhecer as mudanças que haviam acontecido desde Rousseau, para Burke, o maior problema foi exatamente o oposto. Ele não achava certa a forma com que se havia ignorado a conjuntura histórica que determinava a estrutura do poder francês.
Burke acreditava que a representação politica tinha que ter legitimidade e que não podia ser simplesmente mudada repentinamente. A liberdade era algo que vinha de um longo processo e que ela não poderia ser concedida a partir de um evento que quebrasse com tudo que havia sido construído até aquele ponto na história.